Quelle responsabilité sociale de la presse? La couverture des attaques à Ottawa et à Saint-Jean-sur-Richelieu
DOI:
https://doi.org/10.25200/SLJ.v7.n1.2018.338Keywords:
déontologie, attentats, risques, médias, théorie de la responsabilité sociale de la presseAbstract
pt.
Este artigo é discute o contexto de criação de instâncias de auto-regulação mediática, por meio de uma análise dos fundamentos da teoria da responsabi- lidade social da imprensa, que servem de base aos princípios das orientações
deontológicas dos organismos de enquadramento dos media, nomeadamente o Conselho de imprensa do Quebeque. A evolução das práticas profissionais jornalísticas originou um questionamento sobre os limites actuais desse tipo de enquadramento para cobrir situações de crise, enquantoa sociedade, descrita como “sociedade de risco” por diversos autores, é confrontada com um número crescente de perigos e o quadro da prática leva os jornalistas a dar mais importância à cobertura desse tipo de eventos. Com um interesse particular sobre o caso dos atentados ocorridos em Otava e Saint-Jean-sur-Richelieu em Outubro de 2014, a autora coloca em paralelo diferentes práticas observadas nos media canadianos com as principais objecções identificadas na jurisprudência do Conselho de imprensa do Quebeque e os enunciados deontológicos do Guia de deontologia jornalística do Conselho de imprensa do Quebeque, com o objectivo de observar os potenciais limites da aplicação dos princípios do organismo em contexto crítico. Esta análise permite levar a cabo uma re- flexão sobre a viabilidade da teoria da responsabilidade social da imprensa e os processos de auto-regulação mediáticos actualmente em vigor bem como sobre a relação entre liber- dade de imprensa e direitos individuais (privacidade, segurança, respeito das pessoas) e a relação entre interesse público e curiosidade pública.