Write or Fight
SLAPPs against Journalists in Brazil, the United States, and Spain
DOI:
https://doi.org/10.25200/SLJ.v13.n1.2024.523Palavras-chave:
SLAPP, teoria jurídica feminista, segurança de jornalistas, segurança jurídicaResumo
EN. Strategic Lawsuits Against Public Participation (SLAPPs) are unfounded court proceedings containing elements of abuse which prevent, restrict, or penalize public participation. Journalists face SLAPPs threatening censure, fines, and jail time. Even when unsuccessful, such cases nonetheless require the defendant’s money and time. While researchers have posited that journalists are specifically vulnerable to the harm SLAPPs can cause, more research is needed on the specific mechanisms that allow for these impacts. Using Adele Clarke’s Situational Analysis methodology, we examine case studies from Brazil (Elvira Lobato), the United States (Moira Donegan), and Spain (Raquel Ejerique) to understand how SLAPPs are used as an intimidation tool in each of these contexts. We base our situational analyses on a range of cultural artifacts relating to each case including legal documents, social media posts, and news articles. To highlight the cases’ shared and disparate elements, we compare their active and implicated human actors, economic elements, legal elements, and discursive topics. Making use of feminist legal theory, we identify these lawsuits’ relationships to discrimination and structural oppression. Results indicate that in all three cases, the accusers positioned themselves as victims both within legal documents and in the press. This despite having significant institutional power over the defendant. Legal attempts to expose anonymous sources are present in two of our three cases and we discuss discursive constructions of anonymity. Implications regarding the legal structures that allow for SLAPPs and support further marginalization are discussed.
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FR. Les Strategic Lawsuits Against Public Participation (SLAPP) sont des procédures-bâillons non fondées et abusives qui empêchent, restreignent ou pénalisent la participation des citoyens au débat public. En particulier, les journalistes sont confrontés à des SLAPP qui les menacent de censure, d'amendes et de peines de prison. Même lorsqu'elles n'aboutissent pas, ces actions en justice requièrent néanmoins de l'argent et du temps de la part des accusés. Bien que les chercheurs aient avancé l'hypothèse que les journalistes sont particulièrement vulnérables aux dommages que peuvent causer les SLAPP, il est nécessaire d'approfondir les recherches sur les mécanismes spécifiques qui permettent ces atteintes. En utilisant la méthodologie de l'analyse situationnelle d'Adele Clarke, nous examinons des études de cas du Brésil (Elvira Lobato), aux États-Unis (Moira Donegan) et en Espagne (Raquel Ejerique) pour comprendre comment les SLAPP sont utilisés comme outils d'intimidation dans chacun de ces contextes. Nous avons basé nos analyses situationnelles sur une série de données et documents relatifs à chaque cas, y compris des documents juridiques, des messages sur les médias sociaux et des articles de presse. Pour mettre en évidence les éléments communs et différents des affaires, nous avons comparé les acteurs humains actifs et impliqués, les éléments économiques, les éléments juridiques et les sujets discursifs. En nous appuyant sur la théorie juridique féministe, nous avons analysé les relations que ces procès entretiennent avec la discrimination et l'oppression structurelle. Les résultats indiquent que dans les trois cas, les accusateurs se sont positionnés en tant que victimes à la fois dans les documents juridiques et dans la presse. Et ce, en dépit du fait qu’ils disposent d'un pouvoir institutionnel important sur les accusés. Notre article étudie également les constructions discursives de l'anonymat, des mesures juridiques en vue de révéler des sources anonymes étant présentes dans deux des trois cas analysés. Les structures juridiques qui permettent les poursuites-bâillons et participent à une marginalisation accrue des journalistes sont également analysées.
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PT. As Strategic Lawsuits Against Public Participation (SLAPPs) são ações judiciais infundadas e abusivas que impedem, restringem ou retaliam a participação no debate público. Jornalistas estão sendo alvos desse tipo de ação, sob a ameaça de serem silenciados, multados e condenados a penas de prisão. Mesmo quando não chegam ao final ou resultam em condenação, essas ações judiciais obrigam os réus a gastarem tempo e recursos financeiros para se defender. Embora pesquisadores tenham levantado a hipótese da vulnerabilidade especial dos jornalistas aos danos causados pelas SLAPPs, são necessárias mais pesquisas sobre os mecanismos específicos que permitem esses ataques. Utilizando a metodologia de Análise Situacional de Adele Clarke, este trabalho discute estudos de caso do Brasil (Elvira Lobato), dos Estados Unidos (Moira Donegan) e da Espanha (Raquel Ejerique), buscando compreender como as SLAPPs são usadas como ferramentas de intimidação em cada um desses contextos. As análises situacionais foram baseadas em uma série de dados e documentos relacionados a cada caso, incluindo documentos jurídicos, postagens em mídias sociais e artigos na imprensa. A fim de evidenciar as semelhanças e diferenças nos casos, realizou-se uma comparação entre os agentes humanos ativos envolvidos, os elementos econômicos, os elementos jurídicos e os tópicos discursivos. Com base na teoria jurídica feminista, identificamos as relações entre essas ações judiciais, a discriminação e a opressão estrutural. Os resultados mostram que, em todos os três casos, os autores das ações se posicionaram como vítimas tanto nos documentos jurídicos quanto na imprensa, apesar de terem poder institucional significativo sobre os réus. Este artigo também discute as construções discursivas do anonimato, uma vez que dois dos três casos estudados envolvem medidas judiciais para obrigar jornalistas a revelar fontes anônimas. Ainda são discutidas as estruturas jurídicas que permitem movimentar ações de assédio judicial e contribuem para o aumento da marginalização dos jornalistas.
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ES. Las demandas estratégicas contra la participación pública (conocidas como SLAPP por sus siglas en inglés) son procedimientos judiciales infundados que contienen elementos de abuso y que impiden, restringen o penalizan la participación pública. Dichas demandas representan riesgos de censura, multas y penas de cárcel para los periodistas. Aun si no prosperan, estos casos consumen el dinero y el tiempo del acusado. Si bien algunos estudios han postulado que los periodistas son especialmente vulnerables a los daños que pueden causar las SLAPP, es necesario investigar más sobre los mecanismos específicos que posibilitan estos perjuicios. Utilizando la metodología de análisis situacional de Adele Clarke, examinamos estudios de caso en Brasil (Elvira Lobato), Estados Unidos (Moira Donegan) y España (Raquel Ejerique) para comprender cómo se utilizan las SLAPP como herramientas de intimidación en cada uno de estos contextos. Basamos nuestros análisis situacionales en una serie de artefactos culturales relacionados con cada caso, tales como documentos jurídicos, publicaciones en redes sociales y artículos de prensa. Para destacar los elementos comunes y dispares de los casos, comparamos los actores humanos activos e implicados, los elementos económicos, los elementos jurídicos y los temas discursivos. Haciendo uso de la teoría jurídica feminista, identificamos las relaciones de estas demandas con la discriminación y la opresión estructural. Los resultados indican que en los tres casos los acusadores se posicionaron como víctimas tanto en los documentos legales como en la prensa, a pesar de tener un poder institucional significativo sobre las acusadas. En dos de nuestros tres casos se evidencian intentos legales de exponer a las fuentes anónimas; analizamos las construcciones discursivas del anonimato. Se discuten las implicaciones relativas a las estructuras legales que posibilitan las SLAPP y fomentan una mayor marginación.
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